Conforme prometi, tenho muitas estórias/histórias e lendas sobre Araçatuba e vou lhes contar uma sobre o antigo cemitério da cidade.
Contam os mais antigos que no local onde funcionava a ACREPON, na Rua Rangel Pestana, era um cemitério indígena muito precário e com a fundação do povoado de Araçatuba a população passou também a enterrar os seus mortos ali.
O mato cobria as sepulturas. O carrapicho era uma praga só. Não haviam muros e as covas e sepulturas ficavam aparentes.
Naquela época havia um senhor negro muito popular, conhecido como Zangú. Ele que foi servente da escola Cristiano Olsen, tinha uma banca de jornais e apenas um braço, gostava de tomar uma cachaça de vez em quando e saía perambulando por aí.
Contam que certa vez, ao beber além da conta, o Zangú acabou caindo em uma das covas abertas para um sepultamento que ocorreria no dia seguinte.
Bêbado que estava, acabou ficando por lá mesmo na cova. No dia seguinte, de manhãzinha, tipo uma 5 horas da manhã. Nem estava tão claro. O padeiro (vocês lembram do padeiro que vinha de carroça e tocava um sininho?) pois bem, quando o padeiro passou perto do cemitério, o Zangú acordou todo sujo de terra da cova.
Ficoi de pé e levantou o único braço que possuía e gritou com sua voz rouca. ___"Padeiro me dá um pão".
Pessoas afirmam que o padeiro está correndo até hoje e foi pão pra todo lado
Dr Alceu Batista